Não há como fugir da matemática. Um mais Um é sempre dois.
No entanto, o amor é “fogo que arde sem se ver”. Ele, dizem por ai, é a maior
frustração do homem, pois é impossível descreve-lo. Ele não tem hora. Pode até
ser construído, mas se chega a ser verdadeiro, sai fora do previsto. Faz um
homem querer viver, mas pode também fazer um outro querer morrer. Claro, tudo
isso no sentido figurado. Porque o amor embora seja doído como uma topada no
dedão, embora acelere o coração quando vai chegando perto, embora leve o cabra
mais macho a declamar os poemas mais doces, ele não é palpável. Não se compra
na padaria. E também não se vende. Não é tão simples como a frase “dar
amor”. Pois o amor verdadeiro é de certa forma egoísta. Ferir o amor de alguém
é igual virar essa moeda para o outro lado, e exibir em prazo de segundos o
ódio. Ele luta para sobreviver. Mas também volta. Renasce quando já tinha
morrido. Aumenta quando parecia já ter ocupado todo o coração. Melhora quando
já estava bom. Por isso mesmo, que o melhor resultado dessa soma do 1+1 do amor
é um não resultado. Não se soma nem divide. Pois a melhor resposta é um café
expresso.
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