quinta-feira, 19 de fevereiro de 2015

Vancouver.

Um dia de chuva... Silêncio...
Pra cada gole um suspiro.
Saudade...
Ama à distância o que não se tem ao certo.
É como se enxergasse no meio de uma escuridão enlouquecedoura.
Sente o cheiro... Sente a falta... Como?
Conta com orgulho o que nunca viu. Conta histórias que não viveu.
Se preocupa em não mágoa-lá.
Pergunta se esta tudo bem.
Se irrita com a falta constante de retorno, de notícia. Se esquece de tudo quando recebe um simples ''bom dia''.
Nunca a viu mais sabe o que dizer para fazê-lá sorrir.
Sabe sorrir quando ela quer lhe fazer sorrir.
Sabe qual é a sua música preferida, sabe qual é o seu perfume.
Não sabe seu telefone e nem onde ela mora mais sabe onde encontrá-lá.
Nunca ouviu sua voz mas sabe quando soa alegre e quando tem uma lágrima ali. Diz ser suave como uma brisa, em um fim de chuva em um final de tarde.
Quando a noite conversam parecem terem se conhecido na infância. Em outra oportunidade que a vida lhes proporcionou.
Parecem terem se reencontrado depois de uma longa viagem que fizeram. É como se tivessem, depois daquele beijo, sido separados por um erro do destino e depois de 20 anos se reencontrado em um esbarrão na entrada do metrô. Sem eira nem beira. Um acerto de contas do destino que os colocaram em caminhos diferentes.
Tudo isso sem nunca ter tocado a sua mão.  Sem nunca tê-la em seus braços em um abraço de despedida.

Este é o circo desengano.
Esta é a bailarina e este é o palhaço.
Ela é tudo.
E ele...Bom...Ele escreve cartas todas as quintas e as guarda na velha caixa de sapato. Quem sabe as entrega um dia.

Com o coração.

Segue o rock!

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