domingo, 21 de maio de 2017

Um sorriso distorcido e a fábula do tempo.




Mais um texto sem “nexo” escrito do escuro de qualquer canto de um quarto onde às vezes se ilumina pela luz do poste da rua que entra sem permissão, pela fresta da janela.
Mais um recado mandado sem resposta, uma carta extraviada pelo caminho que a vida escolheu pra cada um de nós.
A chuva incessante cai devagar parecendo dizer que vai aumentar logo após você cochilar, cansado, em um sono lento e pesado. O sono que deve vir assim que você colocar a caneta e o papel de lado, tomar a última dose do seu whisky barato, em um exercício diário que prevê manter seu equilíbrio e felicidade no bolso, sempre por perto e seu desequilíbrio em uma linda prateleira, junto com os remédios.
Quanta emoção se passa no velho Circo Desengano!
Idas e vindas, lágrimas e sorrisos, verdades… um monte delas. Culpados e desculpados, uma porção de desculpas. Quando a gente descobre que “acontecer” não depende só da gente, é entender que o “tempo” está mostrando que ele é mais sábio e mais forte e que devemos aceitar, às vezes, determinadas imposições que a vida nos coloca. É entender que tempo é muito tempo e, muito tempo pode ser mais do que horas ou dias. Pode ser mais que uma vida toda, pode estar além do que se  pode ver ou tocar, pode estar longe demais.
À você que afirmou que existia solidão naquele sorriso, brindemos.
Um brinde ao Tempo! Tão sábio e distante! Sorria pra nós assim que puder!

segue o rock!

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