terça-feira, 6 de fevereiro de 2018

Santorini




É quando toca aquela música e você não sente mais nada...

Sua caminhada nunca será totalmente solitária. No caminho haverá alguém que se juntará a você, por pouco tempo.
Será quando você tiver plena certeza que sua caminhada pelos vales durante o frio desesperador, ainda que sofrido será suportado.
Será quando a dor cansada de  viver presa em sua alma decidir sair e tomar conta de quem é você.  Será aí que alguém tão misterioso quanto você  surgirá.
Você vai lembrar de como era a luz, de como era a vida no pé das montanhas. Vai querer voltar encorajado por ela e, no final de uma tarde, quando estiverem próximos da ponte alguém atravessa o caminho de quem, por acaso, atravessou o seu e tudo muda de novo.
Por cada vila que passar alguém estará lá pra te contar alguma coisa e te fazer acreditar que existe uma maneira de se encantar mas que vai passar. Esse é o ritmo de tudo. O encanto se justifica e nasce no desencanto.
No desencanto me desencontro no caminho escuro, aparentemente sem saída, me encontro cansado, faminto. A esperança aparece como transição e transparece na raiva toda paixão e toda fúria.
No encanto você vai ver sentado, encostado em algum lugar, o quanto é belo e apaixonante o intervalo de uma loucura, a brisa fraca e sensível que deixa uma tempestade.
O encanto é o lindo pôr-do-sol  em Santorini.


Segue o rock!

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