Viro-me pela última vez e abro um sorriso amarelo na sua
direção. Entro no carro, fecho os vidros e me desfaço. Paro no semáforo e do
meu lado, na calçada duas pessoas se abraçam como se comemorassem o retorno tão
aguardado.
A vida é um grande aeroporto, uma grande rodoviária.
Diariamente chegam pessoas, diariamente pessoas se vão...
Olhando o saguão de embarque você vê quem chora o adeus de
um “pra sempre”, vê quem chora o adeus do “até logo”, vê quem chora o adeus da
esperança de que tudo seja, a partir dali, o recomeço de uma nova história.
Do outro lado do mesmo saguão, dividido somente por uma
parede, vemos a esperança do tão aguardado retorno de quem um dia teve que
partir. Muitos daqueles que ali estão sorrindo um dia, lá do outro lado,
choraram dizendo adeus.
A vida se justifica na loucura!
O amor se justifica no ódio, o recomeço se justifica no fim.
Tudo começa quando algo termina.
Quantos “Adeus” você disse durante seu caminho? Quantas
despedidas você viu hoje no caminho pra casa? Quantas vezes você se despediu de
alguém esse ano... Essa semana... Na ultima hora...
Quantos “Bem vindo”... Quantos “Que bom ter conhecido você”...
Quantos “Boa sorte”... Quantos recomeços você teve e quantos estão por vir...
A vida é esse teatro louco que se passa no saguão de um
aeroporto. Você terá que se despedir, mas receberá alguém. E em todos esses
momentos haverá lagrimas no seu rosto.
“A saudade é uma dor que fere nos dois mundos.”
À todos aqueles que nos ensinaram um dia o verdadeiro
significado de sentir saudade.
Segue o rock!