Sublime.

Rosa que brotou no meio do deserto onde tudo é nada. Onde a chuva nunca esteve.

Tingiu de vinho o calor quase insuportável.
Trouxe graça à longa manhã que não dorme a séculos.

Ela é o coração que faz toda aquela imensidão se mover. Coloca cada grão de areia em seu lugar, uns mais ao sul, outros mais ao leste e, durante o grande balé de uma tempestade, faz com que estes se encontrem mais uma vez ao norte. Por lá eles dançam e esperam por um novo lugar para repousar.

Tudo gira ao seu redor. Todos repousam no seu colo.
Ela é para toda aquela imensidão um farol, uma esperança.

Sua majestade à beleza! O mais belo quadro pintado pela natureza.

Com ela a imensidão é tão pequena. Tudo começa por ela e tudo termina por ela.

Com ela lá a imensidão agora é referência. Lugar onde se encontra e não onde se perde, onde se desespera. Nela a tempestade começa e termina.

Ela é tudo. A imensidão um grande nada.

Sem seu vermelho a imensidão é um eco vazio.
Com ela o imenso é um acorde celeste e ressonante, puro e belo. Cascatas de areia que aquecem, que pintam de vivo a natureza com seu calor.

Sem ela não se sabe onde tudo começa...
Sem ela não se sabe onde tudo vai terminar.



“Eu prometi o teu nome por amor
Em um codinome beija-flor.”

Segue o rock.

"Um canceriano sem lar".

Entregue-se de verdade pra aquilo que você sabe que não ficará. Viva intensamente o sabor doce da desilusão. Esteja lá pela manhã fazendo seu próprio café da manhã, ouvindo o jornal matutino, sua única companhia certa.

Logo começa uma nova noite e você vive,
em uma madrugada, tudo que achou que viveria em uma vida. Veloz como a luz. Intenso, fútil... Sim, verdadeiro,  pois, você sabe que logo termina.

Seu apartamento te espera de braços abertos pela manha. Lá dentro todos os seus fantasmas te aguardam, esperando novidades.
Se dê o direito de derramar 6 ou 7 lágrimas e, ao fim, ligue a tv no jornal matinal, beba seu café e recomece.


Mais uma carta.
O destino é o circo desengano.
"Um canceriano sem lar" quem escreve.

Segue o rock.

A despedida. Uma ópera mal escrita e inacabada.

Ainda me lembro da poeira levantando na minha frente, escondendo que você estava indo embora.
Corri... corri demais... mas nada adiantou. Você sumia naquela poeira até que meus olhos já não te alcançavam.
Te dei meu sorriso e meu abraço mais sincero mas não pude impedir que tudo aquilo fosse uma despedida. Queria que ficasse, mas a vida, não!

A vida te leva para lugares e para pessoas
que farão tudo diferente, mas, mantém algumas dessas guardando os mesmo lugares. É a velha ladainha da despedida, mas, alguns, principalmente quem fica, tem dificuldades em lidar.
Guardo o abraço, o beijo, o sorriso.
Guardo a saudade.
Aguardo o seu retorno e, por isso, guardo a esperança.

É o circo desengano senhoras e senhores. O maior espetáculo da terra!

Segue o rock!

Esteja onde estiver...

Pare seu carro na beira da estrada e desça.
Veja no horizonte distante, de cor laranja, o vulto que o pôr-do-sol deixou. Respire fundo e sinta o vento tocar seu rosto com a leveza única que só algo tão sublime consegue alcançar.

Nesse momento não se justifique! Simplesmente faça silêncio.
O silêncio nesse raro instante é uma sinfônia ouvida por quem pinta aquele belo quadro visto por você na beira daquela estrada.

Saia no quintal ou abra a janela do seu quarto durante a noite. A escuridão é o palco perfeito para que cada estrela brilhe como um farol guiando os sonhos pelo o infinito mar de cada desejo, de cada saudade, de cada prece.
Quando olhar para o céu lembre-se que tudo que seu coração e que sua alma desejam passarão por essa escuridão e também serão guiadas por cada uma dessas estrelas.

Lembre-se de pedir e de agradecer.

Faça uma prece e, assim, ilumine o caminho do seu barco nessa viagem pela noite e, depois, silencie novamente. Contemple!

Esteja onde estiver...
Pare... Contemple... Silencie...
Agradeça.


Segue o rock!