domingo, 1 de dezembro de 2019

Sublime.



Rosa que brotou no meio do deserto onde tudo é nada. Onde a chuva nunca esteve.

Tingiu de vinho o calor quase insuportável.
Trouxe graça à longa manhã que não dorme a séculos.

Ela é o coração que faz toda aquela imensidão se mover. Coloca cada grão de areia em seu lugar, uns mais ao sul, outros mais ao leste e, durante o grande balé de uma tempestade, faz com que estes se encontrem mais uma vez ao norte. Por lá eles dançam e esperam por um novo lugar para repousar.

Tudo gira ao seu redor. Todos repousam no seu colo.
Ela é para toda aquela imensidão um farol, uma esperança.

Sua majestade à beleza! O mais belo quadro pintado pela natureza.

Com ela a imensidão é tão pequena. Tudo começa por ela e tudo termina por ela.

Com ela lá a imensidão agora é referência. Lugar onde se encontra e não onde se perde, onde se desespera. Nela a tempestade começa e termina.

Ela é tudo. A imensidão um grande nada.

Sem seu vermelho a imensidão é um eco vazio.
Com ela o imenso é um acorde celeste e ressonante, puro e belo. Cascatas de areia que aquecem, que pintam de vivo a natureza com seu calor.

Sem ela não se sabe onde tudo começa...
Sem ela não se sabe onde tudo vai terminar.



“Eu prometi o teu nome por amor
Em um codinome beija-flor.”

Segue o rock.