sexta-feira, 17 de outubro de 2014

O príncipe, o cavalo branco e a malukete de salto alto.

É com alegria que esta banda trajada de havaiana  publica nesse humilde blog o texto de nossa grande amiga e sócia Cintia Rigui. Finalmente um toque feminino em um dos assuntos que mais tratamos aqui. Seja bem vinda Lorão!



O príncipe, o cavalo branco e a malukete do salto alto. 
(por Cintia Rigui)

Vivemos em um mundo que mesmo não acreditando em contos de fadas, tendo a certeza de que eles são apenas ilusão, na grande maioria das vezes queremos, sentimos a necessidade de nos colocarmos em um. No relacionamento à dois, por exemplo, cometemos sempre o erro de nos imaginar em um “conto de fadas”, daqueles em que esperamos sempre “o príncipe encantado” ou a princesa, chegar em nossas vidas. Não, pêra! Tá errado! Fomos criados vendo os tais contos de fadas e educados de uma forma que talvez acreditamos que isso possa realmente acontecer, e não acontece! Baseados nisso é que sempre erramos, colocando no outro o motivo e a razão de nossa felicidade, jogando nas costas do outro a missão de nos fazer feliz... Tá errado de novo! Na minha humilde e loira opinião, experimentar nem que seja por uma única vez na vida, amar alguém como se te fizesse entender o que é ser livre, aí sim, acredito que nesse instante você poderia estar “vivendo um conto de fadas”. Aquele papo de fidelidade, saca? Fidelidade é jurada ao outro. E a lealdade? (Prefiro ela, Rs’). Lealdade não se pode ser jurada, só pode ser oferecida, fidelidade, é obrigação. Lealdade é uma escolha. Fidelidade é cobrança, lealdade é princípio... Lealdade é entrega, enquanto fidelidade é apenas uma função social. Sendo leal ao outro, não tem necessidade de cobrá-lo, poderia talvez, tentar impor alguns princípios, respeito por exemplo que por muitas vezes pode até ser confundido com ciúmes e não é! Querer exigir do outro o seu respeito, não é errado, tendo em vista que suas atitudes também devem estar de acordo com aquilo que se quer propor de fato. Aquela amiguinha abusada, ou amiguinho folgado, saca? Então, impor esse certo respeito diante de você é mais do que sua obrigação e deve ser feito, sim. Deixa as claras aquele papo de que “Ta bagunçado, mas tem gerência...Rs”. Afinal de contas, você está sendo representado pelo outro quando resolve encarar uma relação séria e de sentimentos. Na grande maioria das vezes, penso que uma fórmula perfeita de relação à dois, não existe e nem nunca vai existir, o que pode existir e é nessa que eu acredito, um modelo a ser criado por você e pelo seu parceiro (a), mas quando não, quando ele é criado “por aí”, tentam de todas as formas te enfiar guela abaixo, aquele outro modelo rotulado, sabe!? (como diria meus amigos, J. e Héctor, “corre que é cilada”. ) Como se existisse um padrão a ser seguido, ou uma meta de como devemos nos portar, talvez até postergando nossas individualidades e a complexibilidade da nossa natureza... Esse modelo, eu, linda e loura que sou, prefiro nomear como: “Poço de frustrações”. Na vida real, não existe um roteirista e muito menos um diretor que entende tudo o que acontece dentro de você, te manda parar e começar a cena novamente... Não, na vida real, ele não existe! Bem, com isso tudo e tendo em vista que tenho 2 Ice trincando me esperando na minha geladeira, que “deixamos” da última balada, concluo assim, que: Desde pequenos somos ensinados a acreditar cegamente em uma tal felicidade inexistente, daquela bem falsa mesmo, enquanto perdemos tempo com isso, poderíamos estar desfrutando daquela que está bem ali do nosso lado, e que nem sempre somos capazes de perceber, sabe porquê? Por que, simplesmente nos preocupamos demais em mostrar para outras pessoas aquilo que nunca fomos, nessa coleção de elementos, o tal conjunto da obra. E não atreva-se a pensar que não passo de uma solteirona metida a pseudo-moralista/intelectual, porque não, eu não sou e me encontro no mais puro gozo da minha liberdade de amar...   

Cyz Rigui *-*

E segue o rock !!!
em cima de um salto alto!

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